Que janela é esta na qual eu vejo
Como se fosse um espelho em frente a
mim,
Gente normal, que sem pudor ou pejo,
Partilha ideais só porque sim.
Que janela é esta, em que um só
beijo
Se divide em milhares e mesmo assim
Instala em cada face um trejeito
Igual a sorriso de querubim.
Em frente a esta janela é que eu me
dispo
Em frente ao Sol, à Lua, ao vento, ao
mar.
Para lá das vidraças sempre abertas
Companheiros de consc'encias despertas
Abraçam-me dispostos a lutar.
E junto com os demais os punhos crispo.
Mem Martins, 04-01-2013