Escritos na varanda

Imagino-me a escrever na varanda, ao fim da tarde, com o Sol a por-se no horizonte e uma bebida gelada ao lado. Como eu nem sequer tenho varanda, tudo isto é ilusão.

sábado, 22 de julho de 2017

A galope


Tomamos as rédeas e corremos desenfreados por sobre as ondas. Saltamos rochedos que só os tritões armados com os seus arpões conseguem saltar. Cada impulso é um novo esforço. Cada conquista é uma vitória. A água fria arrefece o calor das paixões. O sal das ondas tempera a vontade de seguir mais além. E mergulhamos onde só os peixes se atrevem a mergulhar. E saltamos da água como peixes voadores desejosos de alcançar o espaço sideral. E respiramos como as baleias. E amamos como os golfinhos.
Depois, já mais à tardinha, cansados mas felizes, sentamos-nos nas rochas a ouvir o suave relinchar das sereias. Estamos na Praia do Cavalinho.