Escritos na varanda

Imagino-me a escrever na varanda, ao fim da tarde, com o Sol a por-se no horizonte e uma bebida gelada ao lado. Como eu nem sequer tenho varanda, tudo isto é ilusão.

segunda-feira, 9 de janeiro de 2017

A ilha


A ilha é quase deserta. Como qualquer deserto que se preze não lhe falta a areia do respectivo banco de areia onde está assente. A única utilidade conhecida é tomar conta do rio, não vá ele desaguar com muita força no mar. Convém salientar que a ilha está situada mesmo na foz, o que faz com que não seja uma ilha do rio nem uma ilha do mar. É apenas um monte de cascalho capaz de estragar algum navio que vá por ali mais distraido.
Além de tomar conta do rio, dá emprego a um farol. Tem ainda na sua superfície um forte, tão fraquinho, tão fraquinho, que nunca nenhum inimigo se deu ao trabalho de o tentar conquistar.
Quando o aquecimento global provocar o degelo dos polos a a água do mar subir, passa o farol a trabalhar subaquáticamente.
Muito útil para um país que gastou tantos milhões em submarinos.