Escritos na varanda

Imagino-me a escrever na varanda, ao fim da tarde, com o Sol a por-se no horizonte e uma bebida gelada ao lado. Como eu nem sequer tenho varanda, tudo isto é ilusão.

quarta-feira, 23 de outubro de 2013

Um banco de jardim

                                                   Lisboa, Belém, 25 Fevereiro 2012

O banco de jardim era velho,
A vontade de sentar nele era nova.
Os passos caminhavam vagarosos,
Os corações batiam acelerados.
As palavras confundiam-se com o silêncio,
O transito fazia ouvir o seu ruído.
Os corpos, na expectativa, pararam,
Os pensamentos, extasiados, continuaram.
As pernas cansadas sentaram-se,
Os egos enaltecidos levantaram-se.

O calor do Sol alegrava-o,
A frieza dela aborrecia-o.
Decidiram trocar o banco comum,
Pelos seus caminhos particulares.
Ele seguiu de mãos nos bolsos para o norte,
Ela de cigarro na boca para o sul.
O banco de jardim, esse, ficou lá.