A Sociedade Filarmónica “Amigos do Centro
Cultural” leva a cabo a exibição da peça “O vivo que teimava em estar vivo”.
“Levar a cabo” é a expressão que melhor
define o evento. Em primeiro lugar porque o dito vivo é levado à presença de um
cabo da Guarda; em segundo lugar porque a apresentação acontece ao cabo de
várias tentativas falhadas e frustradas, promessas, ilusões e desilusões, sonhos
de glória no palco da vida e curto circuitos nas luzes da ribalta.
A peça é baseada na história verídica de um
porteiro de uma sociedade filarmónica, que, ao contrário de abrir portas, tinha
como missão fazer palhaçadas, providenciando para que nada faltasse ao
entretenimento dos sócios da referida sociedade, até que a morte o separasse do
seu posto de trabalho; para se manter vivo a si próprio e à sua sanidade
mental, resolve fugir, utilizando para esse efeito como esconderijo da fuga um
caixão que por ali estava, vazio, sem morto dentro.
A representação terá lugar na garagem da
referida sociedade, e dada a exiguidade do espaço aconselha-se marcação prévia,
ou em alternativa devem os presentes levar assento de casa, pois não se efectuam
descontos a quem assistir de pé.