Escritos na varanda

Imagino-me a escrever na varanda, ao fim da tarde, com o Sol a por-se no horizonte e uma bebida gelada ao lado. Como eu nem sequer tenho varanda, tudo isto é ilusão.

quarta-feira, 19 de agosto de 2015

A fotografia


Parecia uma estrela que vinha a cair. Caiu tanto, tanto, tanto, que quase se esborrachava no chão. Por sorte parou a tempo.  Ou porque se acabasse a atração da gravidade ou por perícia do piloto, a coisa ficou ali parada a pouca distância do chão.
O único som que produziu foi um click semelhante a uma máquina fotográfica, após o qual se abriu uma porta de onde saiu uma coisa de dentro da coisa. À medida que avançava, mais e mais clicks se ouviam, como se as articulações estivessem todas a precisar de ser oleadas.
Parou a curta distância, levantou dois dos três braços em sinal de paz e disse:
- Olá! Chamo-me Diapositivo, venho do Planeta das Imagens e vou ensinar-te a tirar fotografias.