Escritos na varanda
Imagino-me a escrever na varanda, ao fim da tarde, com o Sol a por-se no horizonte e uma bebida gelada ao lado. Como eu nem sequer tenho varanda, tudo isto é ilusão.
quinta-feira, 20 de agosto de 2015
A árvore que dava sombras
As sombras não eram grandes, mas também a árvore não o era. Tinham o tamanho adequado para proteger dos raios do Sol que batiam inclementes em tudo o que estava para além da copa.
Cada pedaço do tronco, cada ramo, cada folha era como que uma pequena parte daquele chapéu de Sol verde e vivo, que balançava ao sabor da aragem que atenuava um pouco o calor sufocante que se fazia sentir. Todas as partes eram importantes para o resultado final de todo o conjunto.
Deveria ser criminalizado o abate de árvores que davam sombra, e punido com a pena máxima. Infelizmente não era, e havia até, entre os que faziam as leis e decidiam o que era e não era crime, muitos que preferiam sentar-se à sombra da árvore do dinheiro, que cresce apenas em alguns quintais.