Escritos na varanda
Imagino-me a escrever na varanda, ao fim da tarde, com o Sol a por-se no horizonte e uma bebida gelada ao lado. Como eu nem sequer tenho varanda, tudo isto é ilusão.
terça-feira, 30 de maio de 2017
A bolha
Hoje estou com a bolha. Esta e não só, há muitas outras. Treze horas em pé na Feira da Ladra deixam algumas marcas. Nada do outro mundo, que isto é ultrapassável e curável. O que arde cura e o que aperta segura. E amanhã é outro dia.
O que custa mesmo é atender o telemóvel durante o trabalho e ouvir a senhora do banco dizer que a puta a quem servi de fiador, que não procura trabalho porque não quer, só se for patroa, porque empregada não é com ela, tem o empréstimo à habitação novamente em vias de entrar em contencioso.
Se eu deixar de escrever as minhas crónicas da varanda, já sabem, é porque me passei dos cornos e fui preso.
Mas não se preocupem. Como eu nem seque fumo, não precisam de ficar com peso na consciência por não me levarem um maço de tabaco.