Escritos na varanda

Imagino-me a escrever na varanda, ao fim da tarde, com o Sol a por-se no horizonte e uma bebida gelada ao lado. Como eu nem sequer tenho varanda, tudo isto é ilusão.

quinta-feira, 22 de junho de 2017

A falésia do esquecimento


Ainda a noite não tinha chegado e já os ventos sopravam com força galopante, esses mesmos ventos que era habitual fazerem-se ouvir nas escuras noites de inverno,
Sopravam de norte, talvez, que ninguém sabia ao certo, e transportavam sons produzidos por seres desconhecidos que habitavam nas profundezas do mar.
As nuvens corriam pelo céu fora como que tentando fugir do tremendo vento que as empurrava umas contra as outras até se desfazerem em gotas de chuva.

Para quem é menos imaginativo, este tempo de inverno é apenas um pretexto para lhe por o braço por cima do ombro, puxá-la para si e perguntar se tem frio.
Só que... quem precisa de pretextos destes para por um braço por cima do ombro, em breve será votado ao esquecimento.