Escritos na varanda
Imagino-me a escrever na varanda, ao fim da tarde, com o Sol a por-se no horizonte e uma bebida gelada ao lado. Como eu nem sequer tenho varanda, tudo isto é ilusão.
segunda-feira, 16 de outubro de 2017
O país dos especialistas
A especialidade maior, é sem dúvida o futebol. Não há quem não comente fintas, faltas e foleirices, como o penteado, a namorada, a roupa, o filho, a mãe, a irmã.
Depois, como não podia deixar de ser, temos Fátima, e vamos lá lançar uns foguetes mesmo sendo proíbido, para comemorar o andor com a altura da Torre dos Clérigos, que se deus quiser não acontece nada.
A descair nas sondagens, mas ainda assim bem colocado, temos o fado, que isto da tradição já não é o que era, e há por aí muita gente a tocar fado com cornetas e pandeiretas, até estrangeiros já vêm para cá cantar o fado, valha-nos a nossa senhora das cordas de guitarra. O que ainda salva o fado do descalabro total é que não há nada melhor para acompanhar uma bela bebedeira.
Em sentido inverso, temos agora e cada vez em maior número, especialistas numa terrível, trágica e odiosa moda, que são os incêndios. Por via de uma qualquer desconhecida equivalência, há agora um bando de clones do Relvas, convencidos de estarem habilitados a dar opinião sobre a forma de combater esta tragédia.
O que esta gente toda quer sei eu, como dizia o outro, com a diferença de que o outro tinha piada. No fundo isto tudo é semelhante ao que se passa no concelho do ex-presidiário, onde há quem diga abertamente que votaram [nele] porque se lá estivessem faziam igual.
Querem todos é tacho.