Se
fosse índio havia de ver todos os dias a sua cara pintada reflectida
nesta água.
Se
fosse índio a erva alta seria a sua cama todas as noites.
Se
fosse índio as árvores iriam ajudá-lo a construir a sua cabana, o
seu arco, o cabo do seu machado de paz.
Se
fosse índio lutaria até à morte para impedir que os invasores lhe
roubassem a sua terra, a sua água, a sua erva, as suas árvores.
Mas
não era índio. Meia hora depois de ter chegado só lhe apetecia
entrar no seu cavalo com rodas e regressar à sua gaiola de cimento,
na companhia dos restantes caras pálidos.