Escritos na varanda

Imagino-me a escrever na varanda, ao fim da tarde, com o Sol a por-se no horizonte e uma bebida gelada ao lado. Como eu nem sequer tenho varanda, tudo isto é ilusão.

domingo, 4 de maio de 2014

Janela com vista para o horizonte


Da janela vejo o horizonte.
Da janela vejo o fim do mar.
Da janela onde eu estou defronte,
Sem portadas, entra todo o ar.

À janela sinto o cheiro forte
Das ondas transformadas em espuma.
Vejo os barcos, que vão para o norte,
E as gaivotas, conto uma a uma.

À janela o tempo não tem fim,
Passa lento como um barco à vela,
E faz que eu me sinta bem assim.

Quando estou aqui nesta janela,
Para ser perfeito, para mim,
Só me falta a presença dela.


Bolas, estou cada vez pior.
Gosto muito desta fotografia. Achava eu que merecia ter um texto qualquer a acompanhá-la, e vai daí coloco o lápis no afia para lhe aguçar o bico. Sim, que escrever com a ponta romba não tem graça nenhuma.
Mas… eis que me sai um soneto com versos de nove sílabas! Nunca se viu tal coisa.
É caso para dizer: “é pior o soneto que a fotografia”.