Escritos na varanda

Imagino-me a escrever na varanda, ao fim da tarde, com o Sol a por-se no horizonte e uma bebida gelada ao lado. Como eu nem sequer tenho varanda, tudo isto é ilusão.

quarta-feira, 10 de dezembro de 2014

O vôo solitário da gaivota


Há uma certa indiferença da gaivota em relação ao mundo que a rodeia. Que é bem agreste, por sinal. O seu vôo prende-se com razões de subsistência e não de obediência.
Ignorando avisos, proibições e interdições a gaivota abre as asas e dando largas à sua liberdade, sobrevoa o que chamam de perigo, mas do qual ela sai incólume.
A gaivota sabe quando deve vir a terra, não precisa de avisos multicoloridos.
A gaivota é um animal, na verdadeira acepção da palavra. Não usa trela nem chip. Não obedece ao dono porque não tem dono.
Não pertence ao grupo dos animais inteligentes que dão a pata quando lhes mandam dar a pata ou que rebolam quando os mandam rebolar.
A gaivota é estúpida. Estupidamente livre.