Quantas palavras, frases e ideias já saíram
daquele bico. Quantos riscos, rabiscos e rascunhos. Quantos pensamentos e
sentimentos.
Tantas coisas que se dizem ou escrevem, e
tantas que ficam por dizer e escrever.
E o que falta parece ser sempre o
fundamental. Falta sempre aquela palavra que poderia mudar o destino.
Até que, calam-se as vozes, já nada há para
dizer, seca a tinta, já nada há para escrever.
O bico há-de aparecer um dia partido, no
chão. Tal é a raiva.