Escritos na varanda
Imagino-me a escrever na varanda, ao fim da tarde, com o Sol a por-se no horizonte e uma bebida gelada ao lado. Como eu nem sequer tenho varanda, tudo isto é ilusão.
quinta-feira, 17 de dezembro de 2015
Estação terminal
Pela linha vai a vontade de ir. Nas colunas do cais encosta-se o desejo de ficar. Entre um e outro avançam os ponteiros do relógio, muda a cor dos semáforos, aceleram-se os passos de quem entra e sai, ouvem-se avisos sonoros, apita o comboio.
Abre o sinal, fecham-se portas. Abrem-se bocas de quem fala ao telemóvel, fecham-se olhos de quem tenta dormir.
A viagem é curta mas não há distância para a vontade de partir.