Escritos na varanda

Imagino-me a escrever na varanda, ao fim da tarde, com o Sol a por-se no horizonte e uma bebida gelada ao lado. Como eu nem sequer tenho varanda, tudo isto é ilusão.

segunda-feira, 20 de janeiro de 2014

A praxe


Não há pachorra. Há uns tempos veio um tipo e disse que a culpa da “crise” é de todos nós porque “gastámos acima das nossas possibilidades”. Agora vem outro e diz que a culpa de morrerem seis pessoas na praia do Meco é de todos (todos somos transeuntes, excepto alguém que, por razões imponderáveis (doença, por exemplo) esteja retido em casa) porque nada fizemos ou dissemos para impedir as praxes.
Tanta culpa junta tira-me do sério, portanto aí vai:
A praxe é uma tradição. Tal como a tourada é outra tradição. Por qualquer razão que me escapa, estas tradições não se acabam, ao contrário de outras, como por exemplo a tradição das pessoas terem trabalho, terem o que comer, terem onde morar.
A grande diferença, é que o boi vai para a arena obrigado, enquanto para a praia do Meco vai quem quer.
Perceberam ou é preciso fazer um desenho?
Portanto, fodam-se mais as vossas culpas.