Escritos na varanda

Imagino-me a escrever na varanda, ao fim da tarde, com o Sol a por-se no horizonte e uma bebida gelada ao lado. Como eu nem sequer tenho varanda, tudo isto é ilusão.

terça-feira, 7 de janeiro de 2014

O Fogo II


O Fogo

Este fogo que arde e que se vê,
Tão diferente do outro assim escondido
Por já ter mil cuidados padecido,
É imune à extinção, assim se crê.

Entre fogo e amor, não sei porquê,
Prefiro o que queima, e derretido
Me entrego à paixão assim perdido,
Sabendo que em mim nada se revê.

Depois de consumido na fogueira,
De vencer como sendo um perdedor,
Descanso o esqueleto à lareira.

Quero ter-te comigo à minha beira
Junto ao fogo, e de qualquer maneira.
Sabes, eu acredito no amor.