Escritos na varanda

Imagino-me a escrever na varanda, ao fim da tarde, com o Sol a por-se no horizonte e uma bebida gelada ao lado. Como eu nem sequer tenho varanda, tudo isto é ilusão.

domingo, 5 de janeiro de 2014

Yoga

Ao princípio não sabia se devia fazer, se queria fazer, mas aos poucos fui-me mentalizando.
Não fazia ideia do que iria encontrar, de como iria ser.
Não foi difícil apesar de algumas dificuldades, mas também não foi fácil, apesar da aparente facilidade.
Alguns movimentos estão mais enferrujados do que aquilo que eu quero admitir, o que me provocou alguma irritação interior: achava, e acho, que devia ter feito melhor.
Fazer as coisas pela primeira vez fez com que tivesse que ter os olhos abertos para poder copiar os exercícios, em vez de os ter fechados como nos era sugerido, dificultando assim a tal "concentração".
Por fim, mas não no fim, uma decepção. O yoga é uma doutrina (não sei se será a definição mais correcta) que, suponho eu, lida com valores matafisicos ou transcendentais ou espirituais, o que lhe queiram chamar. Fiquei surpreso por me sugerirem que me concentrasse em algo que eu desejasse conseguir, e de entre várias sugestões, estavam as palavras, riqueza, poder, prosperidade, no meio de outras banalidades, como paz e saúde por exemplo.
Estranho mundo este, que não se livra da ganância pela riqueza e poder, mesmo onde tal não era suposto acontecer.
Eu sei o que quero, e concentrei-me em algo completamente diferente das várias sugestões que foram dadas.
No fim, a maior conclusão que tirei é que a força de vontade fica fortalecida: conseguem-se fazer, e dizer, coisas que anteriormente pareciam utópicas.
Apesar de serem utópicas.