Uniram-se
todos. Uns com o bico, outros com as patas, agarraram as nuvens e
estenderam-nas no chão. Queriam o Sol, o vento, o céu todo, tudo, sem
restrições.
Humanos
não eram bem vindos. Quando podiam cagavam-lhes em cima. Quando não,
escondiam-se quando os queriam fotografar.
Alimentavam-se
do ar e da esperança. Minhocas e sementes eram só para entreter o estomago.
Voavam
sim, mas isso não era o maior feito que conseguiam. O mais importante de tudo,
e que aconteceu quando pela primeira vez saltaram do ninho, é que perderam o
medo. Foi isso que os tornou livres.