No escuro jardim o repuxo jorrava
Uma réstea de luz no meio da ramada
Um casal passava, iam de mão dada
Sentada num banco Celeste esperava.
Soprada p’lo vento a folha esvoaçava
O cão da vizinha, de trela esticada
Puxava a velhota, já meio cansada
Sentada num banco Celeste chorava.
Nos ramos as aves tentavam dormir
Um gato miava, atrás de um arbusto
Sentada a Celeste, só queria partir
Sentou-se direita, refeita do susto
Lá dentro a vontade mandava-a sair
Sentada sorriu, e ergueu-se a custo.