Escritos na varanda

Imagino-me a escrever na varanda, ao fim da tarde, com o Sol a por-se no horizonte e uma bebida gelada ao lado. Como eu nem sequer tenho varanda, tudo isto é ilusão.

domingo, 30 de outubro de 2016

Na terra dos dinossauros


Sempre fui bom a seguir pegadas. Por entre trilhos de brontosauros fui seguindo o seu rasto. Cruzei-me com um caçador a quem perguntei se tinha visto uma rapariga vestida com uma pele de corça.
Respondeu-me que sim, tinha visto alguém assim, mas não sabia se era quem eu procurava porque ali todos vestem peles de corça. Acrescentou que ia na direcção da grande rocha onde os pterodáctilos fazem os ninhos.
Agradeci e segui o meu caminho, abstendo-me de comentar que não era bem verdade que todos vestissem peles de corça, só para não arranjar confusões. Eu tirei a minha para não me prender os movimentos e tornar-me mais rápido, e usava apenas uma parra.
No alto da encosta fiz uma pausa e com o meu óculo de pedra lascada percorri o horizonte com a vista.

Nisto toca a campainha e acordei. É o que faz dormir de dia. Dão-nos mais horas para dormir mas não informam que os sonhos não estão incluidos e são por nossa conta e risco.