Escritos na varanda

Imagino-me a escrever na varanda, ao fim da tarde, com o Sol a por-se no horizonte e uma bebida gelada ao lado. Como eu nem sequer tenho varanda, tudo isto é ilusão.

segunda-feira, 22 de agosto de 2016

(In)Cómoda


A incómoda cómoda ali está,
A olhar para mim, esperando o quê?
Talvez a paciência que não há.
Na vida tudo tem o seu porquê.

Um monte de madeira mal parida
Cruzou o meu caminho sem saber.
Porque é que isto vem ter à minha vida?
O azar está-me sempre a acontecer.

É incómodo eu ter este trabalho.
Apetecia mesmo era serrar-te,
Ou até acertar-te com um malho.

O orgulho de fraco não dá parte,
E eu hei-de fazer assim, caralho:
Transformar esta merda em obra de arte.