A incómoda cómoda ali está,
A olhar para mim, esperando o quê?
Talvez a paciência que não há.
Na vida tudo tem o seu porquê.
Um monte de madeira mal parida
Cruzou o meu caminho sem saber.
Porque é que isto vem ter à minha vida?
O azar está-me sempre a acontecer.
É incómodo eu ter este trabalho.
Apetecia mesmo era serrar-te,
Ou até acertar-te com um malho.
O orgulho de fraco não dá parte,
E eu hei-de fazer assim, caralho:
Transformar esta merda em obra de arte.