Escritos na varanda

Imagino-me a escrever na varanda, ao fim da tarde, com o Sol a por-se no horizonte e uma bebida gelada ao lado. Como eu nem sequer tenho varanda, tudo isto é ilusão.

quinta-feira, 13 de abril de 2017

A rua do meio


Quando um dia te fartares
De por a roupa à janela
Só tens de mudar de ares
Ir viver p'ra casa dela

Sei que estás habituado
Viver em casa sozinho
Gostas de ir a todo o lado
Percorrer qualquer caminho.

A tua rua do meio
É o mundo onde cresceste
Não é bonito nem feio
É onde tudo aprendeste.

Sei que és um renitente
Não queres mudar de vida
Não trocas o teu presente
Por uma viagem só de ida.

Por isso lá da janela
Onde a roupa está estendida
Vês ao longe a rua dela
Que por ti já foi esquecida.