Escritos na varanda
Imagino-me a escrever na varanda, ao fim da tarde, com o Sol a por-se no horizonte e uma bebida gelada ao lado. Como eu nem sequer tenho varanda, tudo isto é ilusão.
quinta-feira, 10 de abril de 2014
A vela
Às vezes até o dia mais claro perde a sua luz. Sua é como quem diz, porque nada é de ninguém, nem a luz, nem o dia. Então a sombra, que espera escondida atrás de cada objecto, avança triunfante, disposta a mergulhar na penumbra dos sentidos a razão única da existência, a faculdade de cada um trilhar o seu próprio caminho.
Cada um tem o direito de trilhar o seu próprio caminho, porque cada um tem o direito de ser diferente dos demais. Se fossemos todos iguais, quais carneiros em rebanho, seria um engarrafamento descomunal.
Mas aí, no momento em que a luz e as trevas trocam de lugar, entra em cena a iluminação artificial.