Bolas, mais uma nomeação. Não há maneira de
eu me ver livre disto. Deve ser problema dos cortes na saúde, não há dinheiro para
inventarem uma vacina para esta nova forma de voyerismo.
Portantos vamos lá participar na brincadeira que alguém
que eu não conheço de lado nenhum criou. Que lhe faça bom proveito e que tenha
um orgasmo dos grandes quando (se) vier cá espreitar o que escrevo.
Além do aspecto psicossomático da coisa,
isto até que vem em má altura. Não tenho fotos para mostrar. Posso mostrar
outras coisas se quiserem, mas fotos não tenho. As poucas (e más) que tenho
estão inacessíveis. Estou com problemas no computador, conforme podem aquilatar
lendo o meu post de ontem.
Acresce a isto o medo que tenho aos
monstros, e ser desafiado juntamente com dois monstros da fotografia mete-me
medo.
Sim, Luis e Zé Barbosa, estou a falar de
vocês.
Anyway, de vez em quando vou colocando umas
fotos online na página do Picasa e tenho de me socorrer disso para arranjar
então as tais três fotos.
A de hoje chama-se “É o Outono”. Foi tirada
na Ribeira de Sintra em Setembro de 2012 usando uma câmara bridge Fuji Finepix
S5800.
Contrariamente ao que é costume pensar-se
eu acho que uma palavra vale mais que mil imagens, vai daí que não quis deixar
a pobre fotografia aqui só e abandonada, e escrevi-lhe algo.
Desculpem lá qualquer coisinha, mas isto
quando se chega ao Outono (o do calendário e o da vida) dá-nos um frio na
cabeça que até se nos enregela o sentido do ridículo. E eu ralado com isso.
É o Outono
É o Outono amor, quem te bate à porta,
Sou eu, aqui perdido entre as folhas já caídas,
Quem te chama por entre os lamentos do
vento.
Sim, sou eu que na curva do caminho
Aguardo a tua chegada
És Primavera sim, e eu sei disso,
Radiosa como o Sol que desponta de manhã.
Trazes contigo pássaros e flores
Que me fazem percorrer as curvas do caminho
Em busca da tua chegada.
Há um Verão inteiro a separar-nos
Cheio de dias e momentos não vividos.
Eu sei que o tempo é importante,
Mas o que conta nas curvas do caminho
Não é a partida, é a chegada.
Vem, que o Inverno há-de vir,
E o Sol dos teus dias dará lugar a nuvens
negras.
Usa os meus ramos secos no fogo da tua
lareira.
Ampara-te no meu tronco, nas curvas do
caminho
Que medeiam entre a partida e a chegada.