Durante muito tempo a abordagem era um
crime. Praticavam-na os piratas no mar sempre que encontravam um navio
indefeso.
Depois, sem que se saiba muito bem como,
passou a ser legal. As pessoas são constantemente abordadas numa simples visita
a um centro comercial. Os motivos são vários: desde a venda com intuitos
meramente comerciais, até às vendas com o objectivo de “ajudar”.
Alguém tem noção de como é ínfima a parte
da “ajuda” que chega a quem necessita?
Alguém se apercebe que as bancas que surgem
como cogumelos por todo o lado, a vender artigos que não servem para nada, “para
ajudar as crianças” ou “para os cãezinhos abandonados” são a parte visível de
estruturas que têm obviamente “gestores” e demais despesas administrativas
associadas, salários (os abordantes), taxas pela ocupação dos espaços, etc?
Porque não dar directamente a alguém em vez
de dar a intermediários?