A noite caía, chuvosa, sobre a vila. Água
que se juntava à água do mar, que engrossava as vagas que batiam com estrondo
nas rochas. O vento, depois de correr junto à crista das ondas, empurrando-as contra
a costa, abria as asas e levantava voo, açoitando então tudo o que encontrava
pela frente: casas, árvores e pessoas.
Alguns pescadores, abrigados o mais que
podiam da chuva, do vento e do frio, nada mais tinham para fazer que ocupar o
tempo com conversa, fumando um cigarro para entreter a fome, e amaldiçoando o
tempo que os impedia de chegar ao peixe-pão.