Escritos na varanda

Imagino-me a escrever na varanda, ao fim da tarde, com o Sol a por-se no horizonte e uma bebida gelada ao lado. Como eu nem sequer tenho varanda, tudo isto é ilusão.

quinta-feira, 4 de fevereiro de 2016

Desarrumação


Hoje acordei a pensar que devia deitar fora trinta anos da minha vida. O objectivo nem é ficar mais novo, é apenas ficar menos desarrumado.
A verdade é que trinta anos a juntar pacotes de açúcar dá lugar a muitos pacotes de açúcar. Na colecção são cerca de vinte mil, mais os restantes, aqueles que se guardam a pensar numa hipotética troca que nunca se virá a concretizar, e que contabilizados assim por alto serão três ou quatro vezes mais.
Ainda não estou refeito da última e bem recente mudança de habitação e já me ponho a pensar que não será tão definitiva como a princípio poderia supor.
E sinceramente não estou com vontade de gastar o meu tempo que tanta falta me faz para outras coisas, a por (de novo) em ordem as muitas pastas e caixas de pacotes, para depois continuar a gastar tempo a organizar o conteúdo.
Além obviamente da falta que me faz o espaço que tudo isto ocupa. Até debaixo da cama tenho caixas com pacotes de açúcar.
Apesar desta minha vontade, por estranho que pareça ainda esta semana enviei e recebi cartas com trocas que fiz.

Como a eternidade não existe, é certo que a colecção não irá durar para sempre. Só não sei é até quando dura.