Os pés há muito que seguiram outros
caminhos. As botas ficaram. Cobertas de pó, o mesmo pó que tantas vezes
pisaram.
Os pés já se transformaram em pó, rezam as
crónicas. Das botas sabe-se apenas que morreram no dia em que deixaram de ter
pés dentro, pois que sozinhas e sem se poderem deslocar, resta-lhes apenas
esperar que também elas se transformem no pó do esquecimento.