Escritos na varanda

Imagino-me a escrever na varanda, ao fim da tarde, com o Sol a por-se no horizonte e uma bebida gelada ao lado. Como eu nem sequer tenho varanda, tudo isto é ilusão.

sábado, 20 de fevereiro de 2016

Um beco com saída


A rua era estreita, o caminho era escuro, a distância era grande. Por causa isso, devido à falta de visão, fiquei em sobressalto. A silhueta que se aproximava descendo a rua parecia-me ela. O que faria ali era para mim uma incógnita. Viria à minha procura ou era um encontro fortuito?
Se era fortuito era um azar do caraças. Se vinha à minha procura era uma perda de tempo do caraças.
Ali fiquei parado, talvez com cara de parvo. A silhueta continuou a aproximar-se, passou por mim e seguiu o seu caminho.
Enganei-me, como sempre. Não era ela. Que bom é enganar-me.