A rua era estreita, o caminho era escuro, a
distância era grande. Por causa isso, devido à falta de visão, fiquei em
sobressalto. A silhueta que se aproximava descendo a rua parecia-me ela. O que
faria ali era para mim uma incógnita. Viria à minha procura ou era um encontro
fortuito?
Se era fortuito era um azar do caraças. Se
vinha à minha procura era uma perda de tempo do caraças.
Ali fiquei parado, talvez com cara de
parvo. A silhueta continuou a aproximar-se, passou por mim e seguiu o seu
caminho.
Enganei-me, como sempre. Não era ela. Que
bom é enganar-me.