Não és mais que uma brasa apagada
Esquecida a um canto da lareira.
Fui eu que te apaguei de madrugada
Com as lágrimas que deitei sobre a
fogueira.
Partiste sem adeus, sem dizer nada
Levaste a minha esperança toda inteira.
Só deixaste aqui ficar, desarrumada,
Uma pitada de saudade passageira.
O tempo vai conseguir apagar
As memórias qu’ ainda permanecem
E lenha nova acaba de chegar
P’ra queimar as lembranças que não
esquecem.
Fogo lento que queima devagar,
Aquece quando as noites arrefecem.