Escritos na varanda

Imagino-me a escrever na varanda, ao fim da tarde, com o Sol a por-se no horizonte e uma bebida gelada ao lado. Como eu nem sequer tenho varanda, tudo isto é ilusão.

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2016

A lareira






Não és mais que uma brasa apagada
Esquecida a um canto da lareira.
Fui eu que te apaguei de madrugada
Com as lágrimas que deitei sobre a fogueira.

Partiste sem adeus, sem dizer nada
Levaste a minha esperança toda inteira.
Só deixaste aqui ficar, desarrumada,
Uma pitada de saudade passageira.

O tempo vai conseguir apagar
As memórias qu’ ainda permanecem
E lenha nova acaba de chegar

P’ra queimar as lembranças que não esquecem.
Fogo lento que queima devagar,
Aquece quando as noites arrefecem.