Escritos na varanda
Imagino-me a escrever na varanda, ao fim da tarde, com o Sol a por-se no horizonte e uma bebida gelada ao lado. Como eu nem sequer tenho varanda, tudo isto é ilusão.
sexta-feira, 16 de setembro de 2016
A viagem
A mala era de cartão, mas a vontade era de ferro. E nem as condições adversas impediram que preparasse a partida. Porque era preciso partir. Estavam a acontecer factos demasiado estranhos para poderem ser ignorados.
Em primeiro lugar havia a questão das ligações. Não tinha ligação a nada. As que houve no passado desligaram-se. Depois havia as presenças que não passavam de ausências mal disfarçadas. Já para não falar do modo errante de vida onde nada batia certo.
A única coisa que havia ali a fazer era comprar um bilhete de ida. O destino pouco importava. A viagem sim é que era importante.