Ontem foi dia de teatro, não houve post por
isso.
Cheguei atrasado. Nada de preocupante,
metade do público chegou mais atrasado do que eu, o início do espectáculo
chegou também mais atrasado do que eu. O que me chateou mesmo foi que nem tive tempo
de tomar um café.
Não fiz reserva; nunca me passou pela
cabeça que enchesse. Para minha surpresa, chego à entrada e dizem-me que está
esgotado, mas por acaso houve duas desistências…
Com sorte comprei um dos dois bilhetes
ainda livres e subi pelas veredas até ao ringue de patinagem.
Segunda surpresa: as cadeiras para o público
estavam no próprio ringue. Os actores quando entraram representaram pelas
escadarias que servem de bancadas no caso de jogo de hóquei, pelos terrenos
circundantes, por cima dos muros, pelas árvores, por trás, pelos lados, pelo
meio do público…
Quando cheguei mais de metade das cadeiras
estavam ainda vazias; à boa maneira portuguesa foram-se preenchendo nas calmas.
Pude depois constatar que estava realmente cheio.
Quanto à peça em si, apenas um pequeno
reparo: por diversas vezes os actores estão a falar com música de fundo; embora
baixa, é o suficiente para eu não conseguir perceber o que dizem, devido ao
facto de ser um espaço aberto e à distância a que estão de nós.
Quanto ao resto, já me habituei à excelente
qualidade das representações do Teatro Tapafuros. Gostei especialmente do rei Oberon.
Os meus parabéns aos actores e a todo o
pessoal envolvido.
Até à próxima.