“Mudem de rumo, mudem de rumo
Já lá vem outro carreiro” (a) gritaram às
formigas.
E as formigas mudaram de rumo. Porque vinha
lá outro carreiro.
No seu caso, não havia nenhum outro carreiro.
Apesar disso, ou talvez mesmo por causa disso, resolveu mudar de rumo. Estava
farto daquele rumo que não levava a lado nenhum.
A partir de agora o rumo, se quisesse, é
que teria de o seguir a ele.
(a) Da canção “A formiga no
carreiro” de José Afonso