Escritos na varanda

Imagino-me a escrever na varanda, ao fim da tarde, com o Sol a por-se no horizonte e uma bebida gelada ao lado. Como eu nem sequer tenho varanda, tudo isto é ilusão.

quinta-feira, 25 de setembro de 2014

O dia em que mudou de rumo


“Mudem de rumo, mudem de rumo
Já lá vem outro carreiro” (a) gritaram às formigas.
E as formigas mudaram de rumo. Porque vinha lá outro carreiro.

No seu caso, não havia nenhum outro carreiro. Apesar disso, ou talvez mesmo por causa disso, resolveu mudar de rumo. Estava farto daquele rumo que não levava a lado nenhum.
A partir de agora o rumo, se quisesse, é que teria de o seguir a ele.

   (a) Da canção “A formiga no carreiro” de José Afonso