Escritos na varanda

Imagino-me a escrever na varanda, ao fim da tarde, com o Sol a por-se no horizonte e uma bebida gelada ao lado. Como eu nem sequer tenho varanda, tudo isto é ilusão.

domingo, 14 de setembro de 2014

O caminho descendente


No caminho descendente
Vão todos em alvoroço
Acreditam que à frente,
A estrada tem novo troço.
E seguem alegremente
Atados pelo pescoço

No caminho descendente
Ninguém pensa ou reage
Interessa que vá contente,
E saboreie a vernissage.
Apelidam de demente
Quem é diferente ou quem age.

No caminho descendente
Vão todos a ver navios
Seguem todos a corrente,
Sopram velas sem pavios,
Batem palmas de contente
Ao cruzarem novos rios.