Escritos na varanda

Imagino-me a escrever na varanda, ao fim da tarde, com o Sol a por-se no horizonte e uma bebida gelada ao lado. Como eu nem sequer tenho varanda, tudo isto é ilusão.

domingo, 22 de novembro de 2015

A vela


Não fui eu que a acendi. Foi ela. Com que intenção não sei, talvez fosse para me agradar. Ela sabe que eu gosto de velas.
Não me passou pela cabeça nem um minuto que fosse para criar um ambiente romântico. Não há qualquer tipo de romantismo entre nós. Talvez ela também gostasse de velas e eu nunca tivesse reparado.
Depois sentou-se a meu lado, tirou os sapatos, colocou as pernas sobre o sofá e encostou a cabeça no meu ombro. Quando se sentiu instalada e confortável, disse apenas: não te mexas, quando eu adormecer tapa-me e deixa-me ficar aqui.