Não fui eu que a acendi. Foi ela. Com que
intenção não sei, talvez fosse para me agradar. Ela sabe que eu gosto de velas.
Não me passou pela cabeça nem um minuto que
fosse para criar um ambiente romântico. Não há qualquer tipo de romantismo
entre nós. Talvez ela também gostasse de velas e eu nunca tivesse reparado.
Depois sentou-se a meu lado, tirou os
sapatos, colocou as pernas sobre o sofá e encostou a cabeça no meu ombro. Quando
se sentiu instalada e confortável, disse apenas: não te mexas, quando eu
adormecer tapa-me e deixa-me ficar aqui.