Escritos na varanda

Imagino-me a escrever na varanda, ao fim da tarde, com o Sol a por-se no horizonte e uma bebida gelada ao lado. Como eu nem sequer tenho varanda, tudo isto é ilusão.

segunda-feira, 12 de dezembro de 2016

O jardim das árvores sós


O pinheiro ali estava abandonado
Num jardim onde mais ninguém havia
Mesmo em dias de Sol, ou se chovia
Ali permanecia enraizado.

Muitos outros já tinham debandado
P’ra lugares onde a vida mais sorria
Como nunca ligou a quem dizia
É essa a razão de ali ter ficado.

Foram todos embora, não faz mal
Eram só companheiros por acaso
Interessa o estado actual

De haver liberdade em cada caso
Serem muitos não é melhor sinal
E a vida acreditem não tem prazo.