Escritos na varanda

Imagino-me a escrever na varanda, ao fim da tarde, com o Sol a por-se no horizonte e uma bebida gelada ao lado. Como eu nem sequer tenho varanda, tudo isto é ilusão.

sábado, 23 de novembro de 2013

O Sol das quatro e meia

                                           Porto, Ponte D. Luis, 19 Junho 2009

O Sol vinha em contramão, e encadeava quem se lhe cruzava pelo caminho.
O que se via olhando em frente eram apenas contornos, silhuetas em contra luz.
Até a água, verde, suja e baça mudava de cor, adquirindo uma tonalidade azul e brilhante.
Mas isso pouco importava. O Sol mudaria de posição, devolvendo às coisas as suas cores naturais.
E depois havia a ponte. Passá-la seria não uma fuga mas uma evasão. A ânsia de liberdade aqui tão perto.