O Sol vinha em contramão, e encadeava quem
se lhe cruzava pelo caminho.
O que se via olhando em frente eram apenas
contornos, silhuetas em contra luz.
Até a água, verde, suja e baça mudava de
cor, adquirindo uma tonalidade azul e brilhante.
Mas isso pouco importava. O Sol mudaria de
posição, devolvendo às coisas as suas cores naturais.
E depois havia a ponte. Passá-la seria não
uma fuga mas uma evasão. A ânsia de liberdade aqui tão perto.