Desde há cerca de três meses que o mundo
parece virado ao contrário. O meu, pelo menos.
O
princípio chegou depois do fim,
No
meio não há ordem nem desordem,
As
respostas não são não, nem são sim,
Os
cães já não ladram, os gatos mordem,
Guerra
e paz começam num motim,
Falam
em castidade os que mais fodem.
Faz-se
da vida um eterno faz de conta.
Somos
tratados como sendo gente tonta.
(Isto um dia vai ter continuação, espero
eu.
O poema quero eu dizer, não o mundo ao
contrário, espero)
O tempo é como se não existisse. A rotina
tem-se resumido a acordar, chatear-me, comer, dormir, para no dia seguinte
voltar a acordar e seguir os mesmos procedimentos.
A guitarra, o meu maior interessa actual,
tem estado arrumada a um canto. Entretanto mudei de “estúdio”. Espero que as
coisas a partir de agora comecem a melhorar. A música e a vida.