Escritos na varanda

Imagino-me a escrever na varanda, ao fim da tarde, com o Sol a por-se no horizonte e uma bebida gelada ao lado. Como eu nem sequer tenho varanda, tudo isto é ilusão.

quarta-feira, 6 de janeiro de 2016

Matteo Carcassi Andantino




Desde há cerca de três meses que o mundo parece virado ao contrário. O meu, pelo menos.

O princípio chegou depois do fim,
No meio não há ordem nem desordem,
As respostas não são não, nem são sim,
Os cães já não ladram, os gatos mordem,
Guerra e paz começam num motim,
Falam em castidade os que mais fodem.
Faz-se da vida um eterno faz de conta.
Somos tratados como sendo gente tonta.
(Isto um dia vai ter continuação, espero eu.
O poema quero eu dizer, não o mundo ao contrário, espero)

O tempo é como se não existisse. A rotina tem-se resumido a acordar, chatear-me, comer, dormir, para no dia seguinte voltar a acordar e seguir os mesmos procedimentos.
A guitarra, o meu maior interessa actual, tem estado arrumada a um canto. Entretanto mudei de “estúdio”. Espero que as coisas a partir de agora comecem a melhorar. A música e a vida.