Escritos na varanda

Imagino-me a escrever na varanda, ao fim da tarde, com o Sol a por-se no horizonte e uma bebida gelada ao lado. Como eu nem sequer tenho varanda, tudo isto é ilusão.

domingo, 24 de janeiro de 2016

Não está cá ninguém


Ela ligou-lhe e disse:
- Estou no café, não queres vir cá ter comigo? Não está cá ninguém.
Ele foi ter ao café.
Não estava lá ninguém.

A história original não é esta. Isto é apenas uma adaptação minha. Para os devidos créditos deveria mencionar o respectivo autor mas lamentávelmente não sei quem é.

Depois de, pela manhã, cumprir o meu dever de votar, à tarde fui até Almada ver "A tragédia optimista" de Vsevolod Vichnievski, pela Companhia de Teatro de Almada.
Saí de lá mais anarquista do que quando tinha entrado. E digo isto sem qualquer preferência pelas partes em confronto na história.
Digo-o porque não estava ninguém no café.
E deveria estar.