Escritos na varanda

Imagino-me a escrever na varanda, ao fim da tarde, com o Sol a por-se no horizonte e uma bebida gelada ao lado. Como eu nem sequer tenho varanda, tudo isto é ilusão.

sábado, 9 de janeiro de 2016

Do esquecimento


Lembro de ti o que não quero esquecer. Por vezes paro e pergunto-me porquê, porque é que eu não quero esquecer se não há nada para lembrar.
O vazio, o grande nada, foi o meio onde nos movimentámos. Tu seguindo o teu caminho, eu seguindo a minha ilusão. Por breves instantes cruzá-mo-nos. Tu continuaste o teu caminho, eu fiz de ti a minha ilusão.
Não há nada para recordar, mas ainda assim não te quero esquecer. São as ilusões que me mantêm vivo. O que mata mesmo é a realidade.