Escritos na varanda

Imagino-me a escrever na varanda, ao fim da tarde, com o Sol a por-se no horizonte e uma bebida gelada ao lado. Como eu nem sequer tenho varanda, tudo isto é ilusão.

sexta-feira, 22 de janeiro de 2016

Poesia marginal


Apetece-me apagar um cigarro
Mas não posso, eu nem sequer fumo.
Apetece-me partir este copo
Está vazio, já bebi o conteúdo.
Apetece-me nadar neste rio
Não consigo, eu não sou o Marcelo.
Apetece-me gritar o meu nojo
Não adianta, a sociedade não ouve.
Apetece-me espreitar para dentro
Para quê se não há nada para ver?
Apetece-me fingir de maluco
Estou farto de tanta gente normal.
Apetece-me fingir que não faço
Mas um dia hão-de ver que acontece.