Escritos na varanda

Imagino-me a escrever na varanda, ao fim da tarde, com o Sol a por-se no horizonte e uma bebida gelada ao lado. Como eu nem sequer tenho varanda, tudo isto é ilusão.
Mostrar mensagens com a etiqueta garrafa. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta garrafa. Mostrar todas as mensagens

segunda-feira, 22 de janeiro de 2018

Mensagem numa garrafa


Não tenho dado notícias da horta. Não significa que esteja parada. Vai andando, só que devagar e mal.
Tive que voltar a "plantar" garrafas. Nesta temporada agrícola ainda não consegui ter nenhuma alface. Os pássaros estragam tudo.
Os espinafres desta vez também não se deram bem. Semeei duas vezes e das duas vezes não deu nada. O ano passado semeei um canteiro deles e andei mais de seis meses a comer sopa de espinafres. O pacote de sementes é o mesmo do ano passado, não percebo o que se passa desta vez.

Agora vou tratar da sopa. A semana passada foi de couve, esta semana vai ser de nabiças.





sábado, 25 de março de 2017

Agricultura moderna


Uma horta que dá garrafas já tenho. Agora só me falta arranjar uma plantação de gajas para justificar as palavras do filho da puta do eurogrupo.

segunda-feira, 21 de dezembro de 2015

Alerta amarelo


Por enquanto não era grave, era só um aviso.
Estava ali, sentado no chão e embrulhado numa manta até à cabeça, só com o nariz e os olhos de fora. A manta tinha acabado de ser lavada, tal como a roupa toda que trouxera para a casa nova, no entanto já tinha o cheiro a fumo entranhado até à raiz de cada microfibra.
A dança das chamas não traz solução nenhuma, apenas distrai. Era isso que fazia, brincava com o fogo para se distrair. Imaginava figuras em cada contorno de cada labareda. Figuras que corriam atrás umas das outras à medida que as labaredas saltavam de uma brasa para outra.
Quão familiares lhe pareciam aquelas labaredas. Corriam, corriam, mas não apanhavam nada. 
Meteu uma mão fora da manta e esticou o braço. Quando o recolheu, o alerta passou de amarelo a laranja. O conteúdo da garrafa aproximava-se perigosamente do fim.