Escritos na varanda

Imagino-me a escrever na varanda, ao fim da tarde, com o Sol a por-se no horizonte e uma bebida gelada ao lado. Como eu nem sequer tenho varanda, tudo isto é ilusão.

terça-feira, 29 de novembro de 2016

Espelho da memória


segunda-feira, 28 de novembro de 2016

O Natal aproxima-se


Vem aí mais Natal. Está quase a chegar ao porto. Mais umas remadas e ei-lo na doca. Nem é preciso embrulhar, é para consumir já.

sábado, 26 de novembro de 2016

O cão toupeira


O cão toupeira atacou de novo. Tenho que ir à procura do contrato de aluguer para ver se ainda está dentro da garantia.




sexta-feira, 25 de novembro de 2016

As chaminés gémeas


Como muitos gémeos que se prezam, nem sequer eram parecidas. Uma era mais alta e magra, outra era mais baixa e gordinha.
Mas sempre se mantiveram juntas e eram muito unidas. Tanto que quando uma deixou de deitar fumo a outra imitou-a logo.


quinta-feira, 24 de novembro de 2016

quarta-feira, 23 de novembro de 2016

1000


Diz-me o Blogger que já publiquei 999 mensagens. Quer dizer que a de hoje será a milésima. E ainda não disse nem a milésima parte do que tenho para dizer, se o tempo ajudar. Agora por acaso está de chuva, e bastante.
Portanto caros leitores, obrigado pela vossa presença aí desse lado, que a gente aqui vai continuar.

terça-feira, 22 de novembro de 2016

Escalas de blues


Isto é um verdadeiro espanta espíritos. Enquanto estou a tocar não há nenhum que se aproxime de mim. Até os de carne e osso se afastam.




segunda-feira, 21 de novembro de 2016

O estranho caso da caixa com bolinhas


Era uma vez uma caixa com bolinhas. Encontrei-a numa prateleira do armário da cozinha. Há quanto tempo lá estaria? Não me lembrava nada dela, mas quando a vi pensei logo que dali fazia uma bela sopa de grão com espinafres. E vai daí, enchi logo uma tigela com água e coloquei um punhado de bolinhas de molho.
No dia seguinte... chego ao pé da tigela com bolinhas de molho e as bolinhas tinham deixado de ser bolinhas. Já não eram redondas. Talvez porque fossem transgénicas, tinham-se transformado numa espécie de feijões.
Só então é que me recordei que há muitos, muitos anos tinha comprado um saco de soja. Talvez fosse isto. As danadas das bolinhas tentaram enganar-me para ver se escapavam, mas não tiveram sorte nenhuma, porque redondas ou não foram parar na mesma dentro da panela da sopa.
Daqui resultou talvez a primeira sopa de grão no mundo feita não com grãos de grão mas com grãos de soja.

domingo, 20 de novembro de 2016

Chuva na oficina


Oficialmente começou a época das chuvas. E como a abertura do alpendre/oficina está virada para norte, com chuva e vento, a água entra ali. O jornal, as ferramentas, a parte lateral da bancada e da gaveta estão molhados. Não é apenas húmidos, é molhados mesmo.
O que eu ia fazer hoje era continuar a colar os frisos na parte da frente da gaveta. Se não parar de chover tem de ficar para outro dia.

sábado, 19 de novembro de 2016

Do comércio e outras coisas


Quarenta e sete cêntimos de pregos. Quarenta e sete cêntimos por dois molhos de pregos de dois tamanhos diferentes. Numa drogaria, se é que alguém ainda sabe o que isso é, e embrulhados em papal de jornal. Por uma vez os jornais mentiro-tendenciosos serviram para alguma coisa.
Eu arriscaria a dizer que são os pregos mais baratos do mercado. Fui comprar pregos e paguei pregos, não paguei as caixinhas de plástico onde muitos deles são vendidos, não paguei saquinhos de plástico, não paguei etiquetas, e claro não paguei mordomias ao director geral, que pagaria caso tivesse ido às compras a uma grande superfície.
Traduzindo para economês de debate televisivo, cumpri os objectivos.


sexta-feira, 18 de novembro de 2016

Notícias da horta


Não bastava ter um cão toupeira que cava buracos, agora também apareceram as lesmas.
Ah, que saudades da minha vedação de canas e do meu pacote-anti-lesmas-que-já-se acabou-e-tenho-que comprar-outro.


quinta-feira, 17 de novembro de 2016

quarta-feira, 16 de novembro de 2016

Descompondo


A ´perfida moral saiu descomposta. Os bons costumes de quem apregoa e não faz nem tiveram direito a entrar. Em terra de aparências, quem aparente melhor é rei, já lá diz o ditado. Ou será que não é assim? Se não é, devia ser.


Estive no Alpha Teatro a assistir ao ensaio da peça "Descompor o ramalhete", pel' O Grito e Espaço Zero Teatro. Subordinada ao tema de poseia satírica, esta colectânea de poesia de autores portugueses chama os bois pelos nomes.
O que se segue é o registo fotográfico que foi possível fazer. Das cerca de setenta fotos que tirei aproveitei estas, que são as menos más de todas.
O que me deixa mais danado é que não vejo o suficiente para conseguir perceber se as fotos estão tremidas ou desfocadas. A luz era muito pouca, a velocidade usada era muito baixa, mas mesmo assim acho que devia ter feito melhor.
As minhas desculpas aos actores e a toda a equipa envolvida.


A estreia é hoje. Ainda vão a tempo de comparecerem.












domingo, 13 de novembro de 2016

Encosta-te a mim


Quando se constroem castelos no ar nem se repara nos castelos desenhados no chão.

quinta-feira, 10 de novembro de 2016

Sombra


Toca o telefone. O número era desconhecido. Estava numa fase em que as chamadas de telemarketing eram às carradas, quatro, cinco e às vezes seis por dia. Deixava-as tocar quando o telemóvel estava longe, atendia e punha-os a falar sozinhos quando o telemóvel estava à mão.
Desta vez hesitou, enquanto o toque soava mais uma vez. O número era realmente desconhecido e estava em dúvida se devia ignorar ou atender. Sem saber porquê, ao terceiro toque resolveu atender.
- Está? É o João? Perguntou a voz do outro lado.
- A maior parte das vezes sou, foi a resposta que dei.
Seguiram-se alguns instantes de silêncio, uma breve hesitação denunciando que não esperava aquela resposta. Por fim disse;
- Aah, isso quer dizer o quê?
- Quer dizer que às vezes há alguém dentro da minha cabeça mas não sou eu.
>Um silêncio maior desta vez. A pessoa que ligou ainda não se tinha apresentado e não fazia ideia de quem era, mas começava a divertir-se com o caso.
- Bom, é a primeira vez que ouço uma coisa dessas.
- Oh, tenho dificuldade em acreditar nisso, acho que a esmagadora maioria das pessoas da Terra, pelo menos as dos países do chamado primeiro mundo já ouviram isto montes de vezes. E não só as pessoas da Terra, os extraterrestes também, aqueles que andam aí às voltas em disco voadores, já ouviram com certeza porque eles apanham as nossas emissões de rádio e isto já passou na rádio milhares de vezes.
Pronto, quem quer que fosse que estivesse do outro lado não precisava de mais para o considerar maluco. Antes que a resposta surgisse começou a cantar:
- "...You lock the door
and throw away the key
There's someone in my head
But it's not me...
... And if your head explodes
With dark forecomings too
I see you on the dark side of the Moon..."

quarta-feira, 9 de novembro de 2016

Lição em tons de azul


Nunca usei fita de pintura. Era por aqui que devia ter começado: pegar num bocado de madeira e experimentar.
O excesso de confiança paga-se caro.


terça-feira, 8 de novembro de 2016

Cómoda, parte 1


O título deste post está errado, esta não é a minha primeira intervenção na cómoda. Acontece que as vezes anteriores não serviram para nada, porque foi trabalho inútil que se perdeu. A cómoda, sobretudo a estrutura, está em pior estado agora do que quando eu lhe comecei a mexer, porque entretanto serviu de estaleiro do material das obras que aconteceram durante o verão.
GGRRR &%$#ۤ@
Tenho que começar tudo de novo.


O primeiro trabalho foi com uma das gavetas. Lixei-a, tratei alguns buracos e falhas com massa, e pintei-a com primário.


O interior foi depois pintado com acrílico branco.


A parte exterior da gaveta foi pintada de azul claro. Os puxadores são de madeira e levaram também com uma camada de primário.


Até aqui tudo correu bem. Agora começo eu a fazer merda. Nunca tinha pintado com fitas crepe e devia ter experimentado primeiro num pedaço de madeira.
A fita ficou mal colocada para pintar o friso de azul escuro. O resultado está à vista na última fotografia.


São mais umas horas de trabalho para deitar fora a juntar às muitas horas que já gastei. Para pintar uma simples gaveta demorei mais de uma semana. Não tenho espaço nem condições para fazer melhor. Não consigo pintar de uma só vez a parte de dentro e a de fora, a parte da frente e a de trás.
Só consigo pintar um pouco de cada vez, deixar secar e passar ao seguinte.
Exceptuando o primário, todas as outras tintas levaram duas camadas de pintura.


Agora é preciso refazer os estragos. Consegue-se mas vão ser mais umas horas desperdiçadas a lixar, a re-pintar...

Não vai ser uma simples cómoda que me vai derrotar.

Hasta la vitória, siempre.