Escritos na varanda

Imagino-me a escrever na varanda, ao fim da tarde, com o Sol a por-se no horizonte e uma bebida gelada ao lado. Como eu nem sequer tenho varanda, tudo isto é ilusão.

segunda-feira, 31 de julho de 2017

Um dia na vida de um andaime


Tira, põe, leva, arrasta, monta, puxa, levanta, sobe, iça, trepa, encaixa, desce, volta, tira, põe, leva, arrasta, monta, puxa, levanta, sobe, iça, sobe, trepa, encaixa, desce, volta, tira, põe, leva, arrasta, monta, puxa, levanta, sobe, iça, sobe, trepa, sobe, iça, encaixa, desce.
Tira, muda, desencaixa, desce, baixa, sobe, tira, muda, desencaixa, desce, baixa, levanta, pega, arrasta, pousa.
Pés no chão, abrem-se os olhos.
Há quem lhe chame vertigens.
E se for apenas falta de confiança num monte de tubos que abanam por todos os lados ao sabor do mais ligeiro passo ou da mais pequena brisa?
Quarta feira há mais e a coisa mete escadas, escadinhas, escadotes e telhados.
Comprimidos precisam-se.

domingo, 30 de julho de 2017

Entre a sombra e o partir


A dúvida pairava sobre a cabeça como um abutre. Ficar ali, à sombra, só por comodismo, porque a companhia não interessava nada. Mas a partida não apresentava alternativa credível.
É sempre melhor arriscar. Aquilo que já sabemos que não presta, não serve.

sábado, 22 de julho de 2017

A galope


Tomamos as rédeas e corremos desenfreados por sobre as ondas. Saltamos rochedos que só os tritões armados com os seus arpões conseguem saltar. Cada impulso é um novo esforço. Cada conquista é uma vitória. A água fria arrefece o calor das paixões. O sal das ondas tempera a vontade de seguir mais além. E mergulhamos onde só os peixes se atrevem a mergulhar. E saltamos da água como peixes voadores desejosos de alcançar o espaço sideral. E respiramos como as baleias. E amamos como os golfinhos.
Depois, já mais à tardinha, cansados mas felizes, sentamos-nos nas rochas a ouvir o suave relinchar das sereias. Estamos na Praia do Cavalinho.

sexta-feira, 21 de julho de 2017

A hora em que tudo muda


Descobri.
Mesmo sem ti, ou melhor dizendo, sem ti consigo assistir a um por do Sol por inteiro.

quinta-feira, 20 de julho de 2017

quarta-feira, 19 de julho de 2017

O lado oculto da Lua


"And if the dam breaks open many years too soon
And if there is no room upon the hill
And if your head explodes with dark forebodings too
I'll see you on the dark side of the moon"

Pink Floyd, Brain Damage




terça-feira, 18 de julho de 2017

Salpicos de verão


A foto é de há três anos atrás. Este ano ainda não fui à praia :-(

segunda-feira, 17 de julho de 2017

domingo, 16 de julho de 2017

Sementes de girassol


Não duraram muito os girassóis. A flor aguentou-se pouco mais de um mês. Digo isto, mas a verdade é que eu não sei quanto tempo dura uma flor de girassol.
Apanhei duas e coloquei a secar, vamos ver se consigo colher as sementes.


sexta-feira, 14 de julho de 2017

segunda-feira, 10 de julho de 2017

Canção de embalar - José Afonso


O homem do chapéu de palha ataca de novo. A vítima desta vez foi a Canção de embalar de José Afonso, que não merecia uma coisa tão má.
Da gravação à montagem e edição do video, passando pelas selfies em modo temporizador, pela montagem do tripé, start/stop da máquina, (muitos) testes até achar a posição de zoom para o enquadramento ideal, o homem do chapéu de palha faz de tudo. Até arrumar e varrer o "estúdio" no final.
As dificuldades com o programa Kdenlive continuam. Ainda não achei a forma correcta de cortar as imagens para as colocar lado a lado no ecrã.

Apesar destas dificuldades todas, nada me impede de afirmar: Zeca Sempre!

sábado, 8 de julho de 2017

Melody - Fernando Sor (2ª gravação)


Lição do dia: chapéus e auscultadores não combinam juntos.

Quando comecei a pensar fazer esta gravação decidi que iria usar chapéu. Mas esqueci-me que também teria de usar auscultadores. Agora, por experiência própria cheguei à conclusão de que as duas coisas juntas não dão jeito. Para as próximas vezes terei de arranjar um daqueles auscultadores minúsculos que ficam só no ouvido.

Há cerca de três meses gravei esta música (ver aqui). Por sugestão do meu professor, André David. fiz uma segunda versão. Os motivos principais eram dois.
Em primeiro lugar a música, que estava lenta (80 bpm) por isso agora gravei-a a 100 bpm.
O segundo motivo era de ordem estética. Deveria arranjar um fundo mais adequado, além de fazer uma caracterização dos dois "personagens". Foi aí que me lembrei do chapéu.

Demorei algum tempo mas consegui. O pano branco é um lençol velho e gasto. O preto tive de o comprar. Agora falta-me aprender a coser para lhe fazer umas bainhas.

O video foi feito em Linux / Ubunto com o programa Kdenlive. Não percebo  nada de edição de video, por isso tem muitas imperfeições. Espero ir melhorando aos poucos nas próximas vezes.

terça-feira, 4 de julho de 2017

Prisão a céu aberto


"...Todos sabemos do pássaro
Cá dentro a qu'rer voar..."

José Mário Branco / Sérgio Godinho, em "Eh Companheiro"