Escritos na varanda

Imagino-me a escrever na varanda, ao fim da tarde, com o Sol a por-se no horizonte e uma bebida gelada ao lado. Como eu nem sequer tenho varanda, tudo isto é ilusão.

sexta-feira, 31 de janeiro de 2014

As pedras

                                     Guincho, 25 Janeiro 2014

E se as pedras falassem?
Que vulcões, labaredas e abismos descreveriam?
Quantas ondas e marés as percorreram?
A que histórias de amor já assistiram?
Em que fundas lutaram pela liberdade?

quinta-feira, 30 de janeiro de 2014

Os rios

                                      Foz do Rio Lizandro, 9 Novembro 2013

Todos os rios vão dar ao mar.
Embora não pareça, porque há rios que vão ter a outros rios. Mas os rios são apenas água, e essa, mais tarde ou mais cedo, vai ter ao mar.
Tudo caminha para o seu fim.
Mesmo um começo, não passa de um princípio de um fim qualquer.

quarta-feira, 29 de janeiro de 2014

O morto e a birra

Fazer birra é a minha especialidade, morrer, nem por isso, por enquanto, se bem que há tantas coisas que para mim já morreram...
Ainda agora, por exemplo, lá se finou mais um sonho. E se era grande. Não era um sonho de uma noite de verão, era um sonho de uma vida mesmo.
Adiante!
Na nossa próxima peça, "A birra do morto",  vai-me calhar a mim fazer o papel de morto no primeiro acto.
Parte da experiência já tenho, agora só me falta aprender a representar e pronto, já está.
Vai ser mais um grande sucesso do Grupo de Teatro "Às Pázadas".

terça-feira, 28 de janeiro de 2014

Adormecer

Fecho os olhos
E o sono não vem:
Há uma luz a brilhar
No fundo do pensamento,
Como um holofote
Que me procurasse.
Decido esconder-me
Debaixo da almofada,
Esconder-me das sombras
Que vagueiam no nada.

Fecho os olhos
E o sonho não vem.
Em lugar de abraços,
Há mãos que empurram.
Em lugar de beijos,
Há lábios que insultam.
Não há companhia,
Há uma cadeira vazia.
E uma silhueta
Que se afasta na sombra.

Fecho os olhos
E os olhos não fecham.
Teimam em estar abertos,
Em ver-te a afastar,
Como uma sombra,
Lá longe, no nada.
Não te voltas para trás
Nem uma última vez.
Sem um único adeus,
Fico sem sono e sem sonho.


segunda-feira, 27 de janeiro de 2014

Na loja de sonhos

                                                                                    Portalegre, 5 Abril 2013

- Boa tarde, em que posso ajudar?
- Boa tarde, queria uma embalagem de Impossível, faz favor.
- Temos estas aqui, são muito boas, mais impossível que isto não há, são garantidas.
- Sim, eu sei, foi dessas que levei da última vez, e concordo consigo, aquilo era mesmo impossível, mas não era bem isso que eu procurava…
- Entendo, queria Impossível Light, não é verdade? Lamento informá-lo mas de momento está esgotado. É o que se vende mais, caro senhor. Sabe, a maioria das pessoas dizem que querem o impossível, mas na hora da verdade, quando têm que se esforçar mesmo para o conseguir, desistem. É por isso que estes se vendem mais, são mais fáceis de realizar.
- Não entendi, falou em conseguir o impossível?
- Então V.Exa. não sabe? Deixe-me dizer-lhe uma pequena inconfidência: o impossível não existe.
- Não? Mas vocês vendem-no…
- Sim, é verdade, mas compreenda, é impossível nós controlarmos ou impedirmos alguém de o realizar. O impossível como tudo na vida, tem regras, e como sabe não há regra sem excepção. “Todo o impossível é impossível até ao momento em que se torna possível”, é esta a excepção, caro senhor, embora deva dizer-lhe que só é acessível em casos raríssimos, a quem for excepcionalmente esforçado.
- Ah, nesse caso…
- Deixe-me sugerir-lhe uma coisa, porque não leva desta vez uma embalagem de Realidade?
- Realidade? Isso tomo eu todos os dias e só me faz mal…


domingo, 26 de janeiro de 2014

Andando


A pé, de carro, de barco, ou de avião, o que é preciso é continuar a andar, parado não se vai a lado nenhum.

Hoje andei, mas para trás. Esta foto, tirada na praia da Crismina durante uma aula prática do curso de fotografia, é a única entre as mais de duzentas que tirei, que vou aproveitar para alguma coisa. Todas as restantes saíram um nojo. Não sei o que se passou, parece que não estava a pensar no que estava a fazer, foi como se tivesse a cabeça noutro lado qualquer.

Estou desiludido. Com tudo em geral e com isto em particular. Não sei se vou conseguir aprender a lição.

Mas enquanto houver sapatos para andar…

sábado, 25 de janeiro de 2014

O palhaço


A juntar a tantas outras actividades, agora pareço um palhaço: falo e faço rir as pessoas.
Se eu fosse um palhaço a sério, falava e as pessoas riam-se do que eu dizia, mas não, eu falo e riem-se de mim.
Não sabem que falo a sério, julgam que estou a brincar ou a contar uma anedota.

sexta-feira, 24 de janeiro de 2014

A espera


Quando o telefone toca, nem sempre é para pedir um disco, não é para dar música. É apenas para… falar.
Estou cansado. Esperar cansa. Esperar cansa muito.
Chegou o momento de me sentar, e de deixar de esperar.


quinta-feira, 23 de janeiro de 2014

O caminho

                                                    Praia do Guincho, 15 Janeiro 2013

Sobre o caminho tantas vezes percorrido, novas viagens se anunciam a cada dia.
O início, sempre renovado, da existência, faz de cada partida o princípio de uma nova aprendizagem.
Os cheiros, as cores, os sons, a brisa, os pássaros, sempre diferentes a cada dia, fazem de cada jornada um acumular de experiências novas.
Por fim, no fim do caminho, o começo. Perante a vastidão onde o olhar se perde, começa a verdadeira viagem rumo ao infinito.



quarta-feira, 22 de janeiro de 2014

By the river


Once upon a time
On a winter night
We were by the river
Walking hand in hand

Your deepest fears arose
And I gave you shelter
You look to me like a rose
But I forgot about the thorns

And the wind is blowing
Oh, with all his power
And the wind is blowing
Fifthy miles per hour

And the wind is blowing
And I hold you near
But I never thought
You were not sincere


(Quando estiver acabado vai sair daqui uma bela canção, eh eh eh)

terça-feira, 21 de janeiro de 2014

A maré

                                        Lisboa, Parque das Nações, Rio Tejo, 11 Janeiro 2014

Já sinto a maré vaza,
Já me falta a paciência.

segunda-feira, 20 de janeiro de 2014

A praxe


Não há pachorra. Há uns tempos veio um tipo e disse que a culpa da “crise” é de todos nós porque “gastámos acima das nossas possibilidades”. Agora vem outro e diz que a culpa de morrerem seis pessoas na praia do Meco é de todos (todos somos transeuntes, excepto alguém que, por razões imponderáveis (doença, por exemplo) esteja retido em casa) porque nada fizemos ou dissemos para impedir as praxes.
Tanta culpa junta tira-me do sério, portanto aí vai:
A praxe é uma tradição. Tal como a tourada é outra tradição. Por qualquer razão que me escapa, estas tradições não se acabam, ao contrário de outras, como por exemplo a tradição das pessoas terem trabalho, terem o que comer, terem onde morar.
A grande diferença, é que o boi vai para a arena obrigado, enquanto para a praia do Meco vai quem quer.
Perceberam ou é preciso fazer um desenho?
Portanto, fodam-se mais as vossas culpas.


O farol

                          Guincho, 20 Janeiro 2014

A escuridão é grande e a luz é pequena. Já estava perdido anteriormente, e continuo perdido.
Vi ao longe uma praia e dirigi-me para lá. À distância parecia uma praia mas agora não tenho a certeza, porque quanto mais me aproximo, mais ela se afasta.
Talvez sejam areias movediças. Ou melhor, areias afastadiças.
Se for verdade, talvez então seja melhor não me aproximar, pensei eu, e preparei-me para virar a proa para bombordo.
De repente, fez-se luz. Não a do farol, outra, e ocorreu-me o seguinte pensamento: “Não quero aproximar-me da suposta praia porquê? Por medo de me perder lá? Mas, perdido já eu estou, que diferença faz?”.
Baloiçando sobre as ondas, ali fiquei, naquela indecisão, ao sabor da maré que me empurrava para a praia, que ao pressentir a minha aproximação, se afastava.
Isto da maré é apenas uma desculpa, para não dar a entender que era eu que continuava a querer aproximar-me.
O mesmo tipo de desculpa que usarei quando, cansado de tentar, desistir, dizendo então que não foi por falta de vontade que não consegui, a maré é que me empurrou para outro lado.
Deve ser a isto que chamam marés vivas.
Marés mortas são outra coisa, são aquelas que empurram quem nem sequer tenta.


sábado, 18 de janeiro de 2014

O Barco Vai (Quase) de Saída


O barco vai quase de saída. Faltam menos de três meses. Felizmente que não vai para lá do Equador.

sexta-feira, 17 de janeiro de 2014

Branco

                                     Alfragide, 17 Janeiro 2014

Ontem era o Sol aos quadradinhos. Hoje nem Sol havia. Está bem que uma situação é real e a outra imaginária, mas mesmo assim são discrepâncias a mais. E consecutivas.
Por outro lado se os dias fossem iguais, seria monótono, e lá haveria outra razão de queixa.
É verdade que nunca se está bem com o que se tem.

Voltando ao dia de hoje, não sei o que caiu do céu, porque não vi, quando cheguei já o chão e os campos estavam brancos. Neve, gelo ou granizo, embora sendo diferentes, para mim o resultado é igual.


quinta-feira, 16 de janeiro de 2014

Sol aos quadradinhos


Por ti eu vi o Sol aos quadradinhos
....
blá, blá, blá

Hoje saiu-me isto. Mais um soneto daqueles que não posso mostrar. O (meu) mundo não está preparado para malucos como eu.
Mais um para o monte das edições póstumas.

quarta-feira, 15 de janeiro de 2014

As cores


Alguém versado na matéria me poderia vir dizer que a cor X representa isto, ou que a cor Y significa não sei o quê.
Para mim são apenas cores. Se tiver que significar alguma coisa é apenas a minha vontade de brincar com o programa de tratamento de imagem.
Lá mais para a frente (quer dizer, daqui a muuuuito tempo) espero conseguir fazer uns efeitos especiais engraçados. Para já isto é básico, mas mesmo assim diverti-me imenso.


As fotos foram tiradas em 11 Janeiro 2014 e modificadas durante os dias seguintes.
Mais fotos na minha página WebPicasa
https://picasaweb.google.com/104016268436238696301/201401Cores

terça-feira, 14 de janeiro de 2014

A teia

                                       Lisboa, Parque das Nações, 11 Janeiro, 2014

Tecida com a mais fina seda e enfeitada com reluzentes cristais azuis, a teia da aranha, com o seu aspecto convidativo, atrai as incautas presas para o seu leito fatal.

É assim que funciona o mundo da aranha. É assim que funciona também o mundo dos humanos: a atracção pelas aparências. E dizem-se racionais.


segunda-feira, 13 de janeiro de 2014

Zero


Ao pé de um número negativo, um zero até parece que vale alguma coisa.

domingo, 12 de janeiro de 2014

Praia Grande


A Praia Grande sempre foi uma boa conselheira, mas hoje não me disse nada.
Fui lá e voltei de mãos vazias. E de ideias também.
Parece-me que há uma diferença entre impossível e irrealizável. E começo agora a descobrir qual é, embora não tenha a certeza.



sábado, 11 de janeiro de 2014

A ponte

                                       Lisboa, Ponte Vasco da Gama, 10 Janeiro 2014

A ponte é uma passagem.
De que serve, porém, se na outra margem o vazio for igual, se não conduzir a lugar nenhum, se não houver ninguém à nossa espera?


sexta-feira, 10 de janeiro de 2014

Se eu te disser


Se eu te disser, acreditas?
Ou vais fingir que a distância
Por ser grande é intransponível?
Se eu te contar, recordas?
Ou vais esquecer as palavras
Que a minha paixão proferiu?
Se eu te tocar, foges?
Ou agarras a minha mão
Enquanto a força durar?

Se eu te disser, acredita
Porque eu quero que tu saibas
A verdade cristalina.
Quero a tua confiança
Seja de noite ou de dia
Sem jogos de luz ou sombra.

Se eu te contar, não esqueças
O Sol, o vento ou a chuva
Por cima das nossas cabeças.
Os sonhos que partilhamos,
Momentos que construímos,
Projectos para o futuro.

Se eu te tocar, agarra-me,
Recebe da minha mão
As pétalas desta rosa,
Enfeita-te com o perfume,
Desliza por entre a brisa
Espalhando o teu encanto.


quinta-feira, 9 de janeiro de 2014

quarta-feira, 8 de janeiro de 2014

A água

                                         Lisboa, Parque das Nações, 29 Setembro 2014

A água não tem faltado nos últimos tempos.
Da água da chuva que tem caído abundantemente, e da água do mar que tem fustigado a costa todos falam.
E da outra? Daquela meio salgada, que desliza gota a gota, lentamente e em silêncio, quem se lembra? Quem se apercebe da sua existência?


terça-feira, 7 de janeiro de 2014

O Fogo II


O Fogo

Este fogo que arde e que se vê,
Tão diferente do outro assim escondido
Por já ter mil cuidados padecido,
É imune à extinção, assim se crê.

Entre fogo e amor, não sei porquê,
Prefiro o que queima, e derretido
Me entrego à paixão assim perdido,
Sabendo que em mim nada se revê.

Depois de consumido na fogueira,
De vencer como sendo um perdedor,
Descanso o esqueleto à lareira.

Quero ter-te comigo à minha beira
Junto ao fogo, e de qualquer maneira.
Sabes, eu acredito no amor.


segunda-feira, 6 de janeiro de 2014

A longa espera

Um manco, o outro coxo,
Um com tosse, já quase roxo.
A velhota com bengala,
Não queria por nada larga-la.
O velhote constipado
Assoava-se pró outro lado.
E o que tinha os pés inchados,
E o dos braços magoados,
E o do nariz a pingar
Não parava de fungar,
Um que veio prá injecção
Com a receita na mão,
E o menino prá vacina
Brincava com outra menina,
Um já quase a desmaiar
Sem ter onde se sentar,
Outro com as pernas tortas
Arrastava as suas botas.
Eis que chamam “cento e dez”,
É agora a nossa vez.
Oh, que sorte marafada,
Estávamos na fila errada.

(A culpa é minha. Desculpa!)

domingo, 5 de janeiro de 2014

Questão de geografia

Não costumo ver televisão, só muito raramente. Hoje estive em casa de familiares e não tive outro remédio senão ver, embora não estivesse a prestar especial atenção.
A principio fiquei com a impressão de que seria algo passado em Pyongyang. Depois, com mais atenção apercebi-me de que afinal era em Lisboa.


Yoga

Ao princípio não sabia se devia fazer, se queria fazer, mas aos poucos fui-me mentalizando.
Não fazia ideia do que iria encontrar, de como iria ser.
Não foi difícil apesar de algumas dificuldades, mas também não foi fácil, apesar da aparente facilidade.
Alguns movimentos estão mais enferrujados do que aquilo que eu quero admitir, o que me provocou alguma irritação interior: achava, e acho, que devia ter feito melhor.
Fazer as coisas pela primeira vez fez com que tivesse que ter os olhos abertos para poder copiar os exercícios, em vez de os ter fechados como nos era sugerido, dificultando assim a tal "concentração".
Por fim, mas não no fim, uma decepção. O yoga é uma doutrina (não sei se será a definição mais correcta) que, suponho eu, lida com valores matafisicos ou transcendentais ou espirituais, o que lhe queiram chamar. Fiquei surpreso por me sugerirem que me concentrasse em algo que eu desejasse conseguir, e de entre várias sugestões, estavam as palavras, riqueza, poder, prosperidade, no meio de outras banalidades, como paz e saúde por exemplo.
Estranho mundo este, que não se livra da ganância pela riqueza e poder, mesmo onde tal não era suposto acontecer.
Eu sei o que quero, e concentrei-me em algo completamente diferente das várias sugestões que foram dadas.
No fim, a maior conclusão que tirei é que a força de vontade fica fortalecida: conseguem-se fazer, e dizer, coisas que anteriormente pareciam utópicas.
Apesar de serem utópicas.

sexta-feira, 3 de janeiro de 2014

Engenharia portuguesa


Painel solar à sombra. Isto sim, é eficiência energética. Quem seria o engenheiro?


Ou, fazendo a pergunta de outra forma: se um painel solar ao Sol serve para aquecer água, um painel solar à sombra serve para a arrefecer?

Fotos tiradas em 16 Agosto 2013 na bomba de gasolina Jumbo em Alfragide.

quinta-feira, 2 de janeiro de 2014

A praia das nuvens escuras

Perdido
Num céu pintado do mais escuro preto
Onde as nuvens estão penduradas
Para serem vistas por olhos de poeta

Esta versão de Fernão Capelo Gaivota é de muito má qualidade. Talvez nem seja mesmo uma versão, apenas uma tentativa. A começar pelo facto de não ter nenhuma gaivota. As gaivotas não voam de noite (dizem).
Ah, já me esquecia de acrescentar, há gente muito mentirosa.
O céu estava de facto pintado dum preto tão preto que nem se via.
As nuvens também não se viam, fosse pela cor, fosse porque a ausência de qualquer luz as impedia de serem vistas. Mas que estavam lá, disso não havia dúvidas. A chuva que caía era a prova.
Restavam os olhos do poeta. Mas que poderiam eles ver se não havia nada para ver? É que além disso nem sequer cumpriram a missão primordial que os levou até ali?
Os olhos tinham ido até ali para chorar. Apetecia-lhes chorar, chorar muito. Então, chegaram, sentaram-se e esperaram, esperaram, esperaram muito, mas… nem uma lágrima.
Havia um motivo para terem ido até ali. O que aconteceu depois não se sabe.
Chegaram à conclusão que não valia a pena? Descobriram que afinal o motivo deixara de existir? Ou simplesmente renderam-se?

Porque quem espera sempre alcança, nem que seja o cansaço da espera, os olhos cansados do poeta cansado cansaram-se de esperar e regressaram cansados a casa.

quarta-feira, 1 de janeiro de 2014

As ondas

                                      Sintra, Praia Grande, 13 Setembro 2013

Quatro horas a ver a espuma das ondas (pouco mais se via no negrume duma noite de inverno) dão para se ficar a perceber alguma coisa.
Não de ondas, nem de espuma, nem de espuma das ondas, que para isso é preciso muito mais tempo.

Mas são suficientes para se aquilatar o poder do tsunami que, mais cedo do que as pseudo mentes brilhantes desta praça julgam, há-de varrer a costa.