Escritos na varanda

Imagino-me a escrever na varanda, ao fim da tarde, com o Sol a por-se no horizonte e uma bebida gelada ao lado. Como eu nem sequer tenho varanda, tudo isto é ilusão.

quarta-feira, 31 de maio de 2017

Monte da Lua


Olhou pelas janelas em redor não fosse estar ali algum fiscal. Não estava. Optimo.
Abriu a porta do carro, foi à bagageira e tirou o tripé.
Montou-o, colocou a máquina, regulou-a e disparou.
Enquanto arrumava as coisas sentiu-se satisfeito pelo seu papel de fora-da-lei-que-usa-tripé-sem-licença-para-usar-tripé.

terça-feira, 30 de maio de 2017

A bolha


Hoje estou com a bolha. Esta e não só, há muitas outras. Treze horas em pé na Feira da Ladra deixam algumas marcas. Nada do outro mundo, que isto é ultrapassável e curável. O que arde cura e o que aperta segura. E amanhã é outro dia.
O que custa mesmo é atender o telemóvel durante o trabalho e ouvir a senhora do banco dizer que a puta a quem servi de fiador, que não procura trabalho porque não quer, só se for patroa, porque empregada não é com ela, tem o empréstimo à habitação novamente em vias de entrar em contencioso.
Se eu deixar de escrever as minhas crónicas da varanda, já sabem, é porque me passei dos cornos e fui preso.
Mas não se preocupem. Como eu nem seque fumo, não precisam de ficar com peso na consciência por não me levarem um maço de tabaco.

segunda-feira, 29 de maio de 2017

O girassol


Este girassol é mesmo bom. Ainda a flor não nasceu e já atrai os insectos.

domingo, 28 de maio de 2017

O principio do fim de um ciclo


Nascemos, crescemos e morremos. Não vale a pena ter ilusões, a eternidade não existe. Para quem é racional, isto é a coisa mais natural do mundo.
Uma pequena parte acabar-se-á em breve, dentro de um ou dois dias. Depois, falta o resto, que também tem os dias contados.
E o mundo segue girando como se nada tivesse acontecido.

sábado, 27 de maio de 2017

Tempo


Como esta foto é antiga. Como eu sou antigo.
Isto é do tempo em que eu estava preso ao tempo. Usava até uma pulseira electrónica em forma de relógio, para não poder fugir das horas nem dos minutos.
Hoje já não uso a pulseira, deitei-a fora há muitos anos. Com ela foram-se também as horas, os minutos e os segundos. Agora tenho o tempo todo à minha disposição, sem divisões.

sexta-feira, 26 de maio de 2017

O nevoeiro


Pairando acima do nevoeiro. Não é um drone, é um 11º andar.
Foto analógica de 2002, digitalizada.


quinta-feira, 25 de maio de 2017

O grito


- IIIIIIII LOOOOOOVEEEEE YOOOOUUUUUUUU...

TRÀS!!!! #$%&?@£§

- Toma! Cala-te!




terça-feira, 23 de maio de 2017

segunda-feira, 22 de maio de 2017

A descida


Já me imaginava aqui com um capacete, umas luvas e umas joelheiras.
E um carrinho de rolamentos, claro, isso era a parte principal.

domingo, 21 de maio de 2017

O treinador de Ciclismo


A Volta ao Quintal em Bicicleta é uma prova que serve sempre de preparação para o ponto alto da época, a Volta a Portugal em Bicicleta.


No entanto, apesar de toda a competência do treinador, parece que a equipa não está ainda à altura do desafio.

sexta-feira, 19 de maio de 2017

Horta em expansão


Tal como o universo, a horta também está em expansão. Hoje conquistou mais dois territórios.
Um canteiro, junto às escadas da cozinha, foi ocupado por uma colónia de morangueiros. É bom que dêem muitos morangos para justificar o preço que custaram.


No viveiro, estava em germinação já há umas semanas uma abóbreira. Foi hoje transplantada para a parte da frente do quintal.


Falta agora limpar o restante mato para as abóboras terem por onde crescer.


quinta-feira, 18 de maio de 2017

Mais mini coisas


Mais algumas miniaturas da minha horta.
De um rego enorme de ervilhas que semeei, nasceram oito ou nove plantas. Três meses passados continuam minúsculas e dão ervilhas minúsculas.


Uma cebola minúscula já a querer sair da terra.


Uma ameixa minúscula. Algumas outras já cresceram mais um bocadinho mas... cairam da árvore.


As cerejas não são muito pequenas, embora também não sejam grandes. O que é minúsculo aqui é a quantidade: cerca de uma dúzia de cerejas numa árvore inteira.


Tal como as ameixas, também não se aguentam muito tempo na árvore. Antes de amadurecerem caem.




As uvas aparecem aqui apenas por brincadeira. Estão pequenas porque ainda estão na fase de crescimento.


Como não há regra sem excepção, aqui está uma coisa grande: a planta dos courgetes, sobrepõe-se a tudo o que está à volta. mas quanto aos courgetes propriamente ditos nem vê-los por enquanto.

quarta-feira, 17 de maio de 2017

O santinho da ladeira


Costuma-se dizer que "Para baixo todos os santos ajudam".
Mas...
Com tanto santo que por aí há, e cada vez há mais, não se arranja nenhum que ajude também a subir?
Isto custa, pá!

terça-feira, 16 de maio de 2017

segunda-feira, 15 de maio de 2017

Objectivamente


No fundo da lente escura as imagens movem-se como um filme que passa diante dos nossos olhos, à espera de serem congeladas para toda a eternidade, pelo click do botão de disparo.

domingo, 14 de maio de 2017

A flor e a aranha


O título parece tirado de uma fábula, essas histórias mirabolantes criadas para lavar o cérebro de criancinhas, e que muitas das vezes começam assim: "Deus abriu a janela do céu e disse..."
Só que Deus não existe, e quanto ao céu, como disse e muito bem José Saramago, é apenas o espaço.
Não, o título refere-se mesmo a uma flor e a uma aranha, A flor está lá, bem visível, e a aranha há-de andar algures por ali. É que se vê também na imagem uma teia, e tal como diz o ditado, "não há teia sem aranha".

sábado, 13 de maio de 2017

Quarto crescente


Estava à espera que viesses e vieste. Não sei bem o que vou dizer, se é que vou dizer alguma coisa. Talvez até nem diga nada. Talvez fique só a ver as estrelas e a imaginar que a mais brilhante de todas me veio visitar.

sexta-feira, 12 de maio de 2017

Sexta feira 12


Tanta Escola, tanto Ensino, tanto Estudo, tanta Educação.
E para quê?
Depois vem a crendice...

quinta-feira, 11 de maio de 2017

Lagoa azul


Há encontros que não se conseguem evitar. Quando menos esperamos tropeçamos no passado, mesmo estando no presente.
Desse tropeção, duas coisas podem resultar: ou conseguimo-nos aguentar em pé, ou não conseguimos e caímos.
Há ainda uma terceira situação e bem pior do que estas duas. É quando, para evitar cairmos, nos agarramos ao passado.


quarta-feira, 10 de maio de 2017

Já ganhou


Esta é a maior vitória, e para mim já ganhou.
Infelizmente parece que não é bem isto que conta, o que interessa mesmo é algo a ver com votos e classificações...

terça-feira, 9 de maio de 2017

4 F


Fado, Fátima, Futebol, e agora também Festival.
Houve um tempo em que toda a gente sabia a falava de futebol, mesmo aqueles que nunca na vida praticaram qualquer desporto, e que até ao levantarem-se do sofá tropeçam na carpete.
Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades, já lá dizia o Luís Vaz, e agora quem não distingue um Dó de um Ré sabe o que é que é "melhor" em termos musicais. É a histeria colectiva, por todos os que sentem que está perto a conquista de um golo, perdão, de uma vitória, no Festival.
Sim, que se lixem os gostos pessoais. O Festival é um concurso, onde se elege a "melhor" canção, como se de um desporto se tratasse.
É mais um ranking, já há tantos outros. E taxativos. O jornal não sei o quê diz que o melhor país é não sei onde. A revista não sei das quantas escolhe a cidade Y como a melhor do mundo. E há também a melhor ilha, a melhor praia, o melhor restaurante, o melhor...
Apetece-me acrescentar um 5ª F: foda-se.

Em qualquer desporto, no futebol por exemplo, as equipas existem para competir umas com as outras, tentar marcar mais golos e ter mais vitórias. As que conseguem isso, no final dos campeonatos são as melhores.
Numa corrida, quem consegue correr mais rápido que os adversários, é o melhor.

Na música, como em outra arte qualquer, o objectivo é ser apreciada e não competir. Uma música não marca mais golos, não chega primeiro, não salta mais alto.
A música de que eu gosto é a MELHOR para mim, mesmo que outra tenha mais votos, mais likes, mais partilhas.
À conta disso até sou capaz de comprar o disco e ouvi-la mais vezes,

O capitalismo agradece todo o tipo de fanatismos e de histerias colectivas. Enquanto estão entretidos com isso...

segunda-feira, 8 de maio de 2017

Época balnear


Uma nova época balnear está quase a chegar e eu preciso de comprar um fato de banho novo. No antigo não cabem os músculos todos que entretanto ganhei com o treino.

domingo, 7 de maio de 2017

sábado, 6 de maio de 2017

Sala de aula


Lá ao fundo, debaixo daquelas árvores, fica a nossa sala de aula. É ali que aprendemos qualquer coisinha de língua russa.

sexta-feira, 5 de maio de 2017

Novos produtos na horta


No dia a dia o trabalho na horta demora aproximadamente meia hora, mais coisa menos coisa. Mas hoje foi mais demorado porque trouxe produtos novos da cooperativa e precisei de arranjar primeiro o espaço para os colocar.


Trouxe couves galegas, pimentos e pepinos. E agora adivinhar qual é o quê? Pois...


Os espaços a utilizar seriam dois, Num deles estavam as couves galegas do ano passado que já deram o que tinham a dar e precisavam de ser arrancadas.


O outro espaço é um quadradinho de terra que fica por baixo da goteira da varanda. Em dias de chuva fica completamente alagado, porque a varanda é grande e não tem nada por cima portanto recebe a chuva directamente e pelo ralo cai um verdadeiro rio de água.
Ver exemplo de chuva aqui. 


Agora, com uma invenção revolucionária, a água já vai cair fora da horta. Com um espaço de cultivo tão pequeno, todos os bocadinhos têm de ser aproveitados.


O próximo passo vai ser dar um desbaste no matagal das cenouras.  Se eu arrancar umas quantas e deixar algumas espaçadas, talvez cresçam. Assim como estão ficam todas minúsculas.


Apesar do tamanho, vão parar à panela da sopa na mesma. E nem é preciso descascar.