Escritos na varanda
Imagino-me a escrever na varanda, ao fim da tarde, com o Sol a por-se no horizonte e uma bebida gelada ao lado. Como eu nem sequer tenho varanda, tudo isto é ilusão.
Mostrar mensagens com a etiqueta Rossio. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta Rossio. Mostrar todas as mensagens
quinta-feira, 8 de junho de 2017
Um breve encontro
Foi breve o nosso encontro, tão breve que não ficou dele nem uma memória fotográfica.
Um rosto, uns olhos, um olhar penetrante. E no instante seguinte já lá não estavas.
Trezentos e sessenta graus rodei eu sobre os calcanhares à tua procura, e nada.
Podia ter sido um reflexo da luz na água, mas eu sei que não foi.
quarta-feira, 7 de junho de 2017
Rossio by night
A estação tinha o mesmo aspecto de sempre. O centenário edifício mantinha-se de portas abertas, por onde entravam e saiam as multidões que no seu dia a dia o frequentavam.
Mas desta vez havia algo de diferente, faltavam as pessoas. Talvez por ser inverno, talvez por estar frio, talvez por estar a chover, talvez por ser quase noite, talvez por ser fim de semana, faltavam ali as pessoas.
domingo, 29 de novembro de 2015
sexta-feira, 27 de novembro de 2015
Um repuxo na praça
Era quase inverno, anoitecia cedo e
arrefecia mais cedo ainda. Muito antes de os ponteiros do relógio chegarem à
hora do jantar já o prenúncio frio da noite convidava mais a ficar em casa do
que a expor-se ao vento, na praça.
No entanto, foi precisamente ali, junto ao
repuxo, que combinara encontrar-se. Havia uma razão para isso. Aquele local,
àquela hora estaria practicamente deserto, com excepção de um ou outro passante
apressado no seu caminho de regresso a casa.
Não se importava. O que tinha para dizer
não era nada de caloroso ou reconfortante. Era antes a fria despedida da
desilusão.
Sim, sentia-se desiludido, frustrado e
cansado. Sobretudo cansado de remar. Há meses, anos, que remava cada vez com
mais vigor na tentativa de se aproximar. O que acontecia era que cada vez
estavam mais longe porque a corrente da indiferença e do desprezo eram mais
fortes.
Sim, perdera, e por muito que lhe custasse
tinha que o admitir e parar de uma vez por todas, antes de se cansar mais.
quarta-feira, 25 de novembro de 2015
Da utilidade das coisas
Entre muitas utilidades que tem a fotografia está também o facto de nos mostrar pormenores até aí desconhecidos.
Já passei no Rossio em Lisboa milhares de vezes, Já olhei também várias vezes para esta foto (e outras similares) tirada em 2013. E eis que hoje a amplio e vejo que tem ali um relógio no qual nunca tinha reparado.
Só por isso já valeu a pena ter tirado a foto.
sexta-feira, 20 de fevereiro de 2015
Todas as cores numa só noite
É como se de repente uma tampa se abrisse e de dentro da caixa saltassem mil foguetes que enchessem o ar de todas as cores.
Não necessariamente com esta exuberância, mas está lá tudo, basta apenas olhar e ver.
Subscrever:
Mensagens (Atom)