Escritos na varanda
Imagino-me a escrever na varanda, ao fim da tarde, com o Sol a por-se no horizonte e uma bebida gelada ao lado. Como eu nem sequer tenho varanda, tudo isto é ilusão.
terça-feira, 30 de outubro de 2012
Simplicidade
A complexidade que eu encontrei, só porque estava em busca da simplicidade.
Não encontrei o que queria e o que encontrei é complexo de mais para mim.
De uma forma simplista, talvez devesse ter estado quieto.
Mas...
Isto a propósito de quê? Já nem sei.
Lembro-me vagamente de andar pela internet à procura de alguma coisa simples. Se não me recordo é porque verdadeiramente não me está a fazer falta neste momento, portanto o mais simples é não me preocupar muito com isso.
Hoje estive na varanda a fazer de carpinteiro. Foi aí que me apercebi que tenho varanda, apesar de não ser minha, o que em todo o caso contraria o descritivo do título deste blog. E, mais grave ainda, reparei que já tenho varanda há um ano e meio e durante este tempo todo nunca me sentei nela, nunca escrevi nela, nunca bebi uma cerveja gelada nela, nunca vi o por do Sol nela, a única coisa que fiz nela foi um simples (valha-me isso) móvel de casa de banho. Tão simples que espero não me caia em cima se eu alguma vez irritado bater a porta com força.
Confesso que me irrita e me desagrada a proximidade da rua, passa um e diz bom dia, passa outro e diz boa tarde, vem mais outro e dá dois dedos de conversa que se extende por mais de meia hora, há um que quer entrar, há outro que me quer levar para sair....
Era tão simples se eu me abstraisse dessas complexidades do mundo e simplesmente usufruisse da (minha) varanda. Bem, agora é difícil porque o tempo está de inverno, mas espero ainda ir a tempo de remediar esta minha falha.
segunda-feira, 15 de outubro de 2012
Portus Cale - Exposição
Hoje divulgo a exposição "Portus Cale" a ter lugar de 21 de Outubro a 3 de Novembro na Ordem dos Médicos no Porto.
Apareçam, vai valer a pena, tenho a certeza.
Ah, e mandem imagens, estou a 300 km de distância não vou poder comparecer.
quinta-feira, 11 de outubro de 2012
Os segredos de Sobreiro Aparado
Com atraso, mas menos do que no post anterior, aqui fica também o link para a minha parte da história escrita por vários autores, Os segredos de Sobreiro Aparado.
http://contospartilhados.blogspot.pt/2012/07/os-segredos-de-sobreiro-aparado_17.html
http://contospartilhados.blogspot.pt/2012/07/os-segredos-de-sobreiro-aparado_17.html
segunda-feira, 8 de outubro de 2012
O fim da inocência
Embora com algum (muito) atraso aqui fica a ligação para a minha parte da história partilhada a várias mãos e canetas, O fim da Inocência.
http://contospartilhados.blogspot.pt/2012/02/o-fim-da-inocencia-parte-xii.html
http://contospartilhados.blogspot.pt/2012/02/o-fim-da-inocencia-parte-xii.html
sábado, 6 de outubro de 2012
Soneto da Viatura
Adeus ó companheiro de viagem,
Comigo percorreste mil caminhos
Sem destino, às vezes sem paragem,
Quase sempre só nós os dois sozinhos.
Eu sei que não foi culpa da embraiagem.
Foi culpa daqueles parafusinhos
Que regulam da água a passagem:
Fizeram-te ferver em remoinhos.
Com a junta queimada, a salvação
Desfez-se no vapor que te consome.
Não há verba para a reparação.
Antes a pé do que ficar com fome.
Foi-se o carro e foi também o status.
Agora vou dar corda aos sapatos.
Mem Martins, 5/Outubro/2012
(Foto tirada em Junho 2010 algures entre Vidago e Pedras Salgadas)
Comigo percorreste mil caminhos
Sem destino, às vezes sem paragem,
Quase sempre só nós os dois sozinhos.
Eu sei que não foi culpa da embraiagem.
Foi culpa daqueles parafusinhos
Que regulam da água a passagem:
Fizeram-te ferver em remoinhos.
Com a junta queimada, a salvação
Desfez-se no vapor que te consome.
Não há verba para a reparação.
Antes a pé do que ficar com fome.
Foi-se o carro e foi também o status.
Agora vou dar corda aos sapatos.
Mem Martins, 5/Outubro/2012
(Foto tirada em Junho 2010 algures entre Vidago e Pedras Salgadas)
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