Escritos na varanda

Imagino-me a escrever na varanda, ao fim da tarde, com o Sol a por-se no horizonte e uma bebida gelada ao lado. Como eu nem sequer tenho varanda, tudo isto é ilusão.

terça-feira, 1 de outubro de 2013

Camille Claudel

                                               imagem copiada de wikipedia.pt

Nunca tinha ouvido este nome. Desconhecia totalmente a existência desta personagem. Mas ontem falaram-me dela, a propósito de um poema.
Procurei na net e encontrei múltiplas referências a uma escultora com este nome. Não sei se é a mesma pessoa que procuro ou apenas alguém com o nome igual, pois não encontrei referência nenhuma a poemas escritos por esta senhora.

Abri uma das páginas que me apareceram e devo ter ficado um minuto pelo menos embasbacado a olhar para a foto da escultora. É completamente absurdo eu falar e escrever sobre isto mas vou fazê-lo.
Eu conhecia aqueles lábios. Ou melhor, conhecia lábios como aqueles. Fiquei fascinado pela fotografia. E no meio de uma imagem banal o que para mim sobressaia eram os lábios. De alguém que eu não conhecia, de quem nunca tinha ouvido falar, que não sabia quem era.

Depois li a sua história. O fascínio transformou-se em admiração. Até que finalmente compreendi aqueles lábios. Os lábios da loucura.
Nunca me tinha dado para fazer associações de ideias deste género, mas esta não consegui deixar passar em claro.
Eu conheço lábios como aqueles, e temo pela sua loucura.


Tenho que fazer uma correcção. Disse imagem banal, mas não quero tirar o mérito à fotografia, que acho extraordinária. Banal no sentido de que à primeira vista é simples, um vulgar retrato. Olhando bem, para mim não é, tem muito que contar aquela foto.